Ecochatice. É a moda agora ser ecochato. Mas, como prezo em meus escritos, não comecemos por criar uma nova palavra sem delimitarmos seu campo de abrangência de maneira adequada. Quando falo de ecochato não quero dizer precisamente um grupo de pessoas, mas qualquer discurso que venha de qualquer pessoa que, por uma falta latente de informação e bom senso, acaba por se adequar ao discurso difundido das mídias, que num uníssono retumbante terminam por fazer valer, à força, idéias tortas e torpes.
Ecochato é todo o discurso que desconsidera a realidade para considerar um ideal utópico que nunca esteve presente na Terra. Enfim, o discurso ecochato é aquele que ignora todo o processo de transformação, adaptação, renovação e regeneração natural do Cosmos. Assim esclarecido, vamos por partes. O primeiro grande problema é saber se o que fazemos, como atividade cultural - ou seja, praticamente tudo - afeta determinantemente o clima da Terra. Como mero analista de meias verdades que nos aparecem por tais ou quais meios só tenho uma coisa a fazer: colocar lado-a-lado os dois documentários que falam determinantemente sobre o tema.
De um lado temos o inconveniente "Uma verdade inconveniente", de Al Gore. Do outro temos "A farsa do aquecimento global", uma série de programas do Canal 4 inglês. Através desses dois documentários, os dois falsos e incompletos, como todo documentário de 2 horas produzido para afetar pessoas, podemos tirar uma linha comum, em que tanto em um quanto em outro os mesmos cientistas são usados para "fazer o ponto" para o lado que for. Assim, não devemos confiar em nenhum dos dois, mas os dois juntos podem nos dar pistas bem concretas sobre o problema do aquecimento global.
No documentário do Canal 4 temos um argumento forte que é apresentado como carro-chefe. Diz que o Sol é o causador mor das variações climáticas na Terra e suas maiores ou menores épocas de atividade estão correlacionadas com o aumento ou a diminuição da temperatura terrestre, e que o ser humano não tem quase nada a ver com isso. Agora temos que contrapor o documentário do Al Gore, que diz exatamente o contrário. Mas, se formos às fontes mesmas, podemos ver que todas as informações são inconclusivas.
Cito aqui uma declaração importante que pode ser vista nesse link: http://folk.uio.no/nathan/web/statement.html. "So therefore, and in spite of the fact that the solar cycle length seemed not to explain the most recent temperature increase after 1985, solar variations still do have direct effect on important climate parameters. How large this effect may be on the global temperature is currently being investigated, and is outside the scope of this comment. But there is no reason to neglect a contribution from man made greenhouse gases. The question is how much. Only increased understanding of the physical processes can give us the answer".
Pelo trecho acima podemos pensar que, assim como o Sol não é conclusivamente o único determinante da temperatura terrestre, ele tem uma boa dose de participação. E como bem colocado pela citação, não há razão para negligenciar a contribuição do efeito estufa produzido pelo homem, mas a questão que permanece em aberto é: quanto? Ou seja, enquanto os cientistas ainda procuram respostas para a pergunta, a ONU descaradamente diz que os estudos são conclusivos, o aquecimento global é produzido pelo homem e que devemos redefinir toda nossa produção e organização mundial em prol de reverter esses efeitos.
Agora o leitor atento poderá começar a pensar por si mesmo. Será que é válido redefinir todos os nossos meios de produção, todas as nossas organizações e nosso modo de vida por uma hipótese que está longe de ser demonstrada, e demonstrável? O que nos leva automaticamente a outra pergunta: será que sermos negligentes com uma hipótese pode ser classificado como descaso? Será que devemos pensar como se a hipótese estivesse determinantemente demonstrada?
Um comentário:
Vamos ver o que as pessoas acham de conhecimento científico de verdade. http://www.youtube.com/watch?v=qAc5d_8MpTc
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