Ver e ouvir nosso querido presidente Lula convocar brasileiros às compras de Natal me faz refletir sobre duas questões. A primeira, puramente econômica. É consenso entre economistas que países desenvolvidos alcançaram seu atual estágio de riqueza às custas de muita poupança, que possibilitou um elevado nível de investimento em suas respectivas economias. Como o Brasil pretende se desenvolver sem poupar? Com a palavra nosso valoroso ministro Mantega.
Por outro lado, estamos em meio a uma das maiores crises econômicas da história moderna, com os sistemas econômicos e financeiros abalados globalmente. Um baixo nível de comércio tornaria a situação mais grave.
E na vertente ambiental? O que fazer? Também é consenso que nossos hábitos de consumo de matéria e de energia nos conduzirá em muito pouco tempo à ruína. A velocidade com a qual os quase sete bilhões de seres humanos consomem recursos minerais, recursos energéticos não renováveis e o capital natural é impossível de ser acompanhada por nosso planeta.
No caso dos recursos minerais e energéticos não renováveis, a conta é simples. É como um copo de água o qual já bebemos uma boa parte. Estamos alcançando a metade inferior. A água vai acabar, mais cedo ou mais tarde.
No caso dos recursos naturais, o problema é igualmente grave e urgente. A capacidade de carga do planeta, à montante, quando se trata da extração de recursos naturais, e à jusante, quando falamos dos sumidouros aquáticos, atmosféricos e do solo, não suporta nem o modo de vida e nem mesmo a quantidade de seres humanos presente em nosso mundo contemporâneo.
Então, o que fazer? Vamos às compras, lógico.
A mudança de que necessitamos, a grande transição para uma sociedade de sabedoria ambiental e de justiça social será árdua, diria talvez além de nossa compreensão, de nossa visão atual, viciada no culto à futilidade.
Parodiando Renato Russo, desde que nascemos fomos programados a sermos individualistas e a amar o bem conspícuo. Confundimos conforto, estado de bem estar, com a posse de bens que simbolizam poder e riqueza. O resultado é o hiper consumo do capital natural, material e energético a uma velocidade sem precedentes.
Aparentemente o preço deste modus operandi está na nossa cara. "Katrinas", "Catarinas", inundações em Itajaí, Veneza coberta pela água, Bangladesh sendo apagada do mapa, fome, miséria, perda de colheitas etc.
Infelizmente agimos como viciados em drogas: não conseguimos e não podemos parar. A economia pede mais compras, mais empregos, mais energia, mais ferro, mais cobre, mais..., muito mais capacidade da natureza em suportar os resíduos deste "super uso".
No fim, os economistas acreditam piamente que a tecnologia resolverá tudo. Encontrará magicamente a solução das duas crises: a econômica e a ambiental. Vamos conferir.
Enquanto isso, façamos o que o presidente "sabiamente" pediu: vamos às compras!
Por outro lado, estamos em meio a uma das maiores crises econômicas da história moderna, com os sistemas econômicos e financeiros abalados globalmente. Um baixo nível de comércio tornaria a situação mais grave.
E na vertente ambiental? O que fazer? Também é consenso que nossos hábitos de consumo de matéria e de energia nos conduzirá em muito pouco tempo à ruína. A velocidade com a qual os quase sete bilhões de seres humanos consomem recursos minerais, recursos energéticos não renováveis e o capital natural é impossível de ser acompanhada por nosso planeta.
No caso dos recursos minerais e energéticos não renováveis, a conta é simples. É como um copo de água o qual já bebemos uma boa parte. Estamos alcançando a metade inferior. A água vai acabar, mais cedo ou mais tarde.
No caso dos recursos naturais, o problema é igualmente grave e urgente. A capacidade de carga do planeta, à montante, quando se trata da extração de recursos naturais, e à jusante, quando falamos dos sumidouros aquáticos, atmosféricos e do solo, não suporta nem o modo de vida e nem mesmo a quantidade de seres humanos presente em nosso mundo contemporâneo.
Então, o que fazer? Vamos às compras, lógico.
A mudança de que necessitamos, a grande transição para uma sociedade de sabedoria ambiental e de justiça social será árdua, diria talvez além de nossa compreensão, de nossa visão atual, viciada no culto à futilidade.
Parodiando Renato Russo, desde que nascemos fomos programados a sermos individualistas e a amar o bem conspícuo. Confundimos conforto, estado de bem estar, com a posse de bens que simbolizam poder e riqueza. O resultado é o hiper consumo do capital natural, material e energético a uma velocidade sem precedentes.
Aparentemente o preço deste modus operandi está na nossa cara. "Katrinas", "Catarinas", inundações em Itajaí, Veneza coberta pela água, Bangladesh sendo apagada do mapa, fome, miséria, perda de colheitas etc.
Infelizmente agimos como viciados em drogas: não conseguimos e não podemos parar. A economia pede mais compras, mais empregos, mais energia, mais ferro, mais cobre, mais..., muito mais capacidade da natureza em suportar os resíduos deste "super uso".
No fim, os economistas acreditam piamente que a tecnologia resolverá tudo. Encontrará magicamente a solução das duas crises: a econômica e a ambiental. Vamos conferir.
Enquanto isso, façamos o que o presidente "sabiamente" pediu: vamos às compras!
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