terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Brasil: um destino de excursões para a impunidade


Os filmes norte-americanos costumam citar o "Brazil" como rota rumo à impunidade. Até o incrível Hulk, o monstro verde dos gibis, usa a Rocinha no Rio de Janeiro como refúgio na sua película mais recente. Não é só na ficção que isso ocorre. Lembrem-se do britânico Ronald Biggs, preso na Inglaterra após o roubo a um trem postal em 1963 e que fugiu para cá em 1970. Aqui Biggs acabou tornando-se uma celebridade de certo modo.
Pois essa vocação mereceria maiores investimentos. Hoje o turismo está cada vez mais segmentado. Há opções para a terceira idade, para o público GLS, para deficientes etc. Então, por que não usamos a impunidade como alternativa turística? Isso pode parecer ofensivo à ordem legal. E é. Porém, a indústria voltada à exploração sexual também não é? Aliás, muito mais agressiva à moral e nem assim suficientemente combatida.
Nesse contexto, cabe avaliar como se desenvolveriam as excursões para a impunidade. Trata-se da adequação de um produto nacional ao imaginário dos estrangeiros, tal qual o carnaval, por exemplo. É amplamente praticado no país, não como recreação, mas como negócio. Ou seja, o esquema é profissional. Também é uma atividade que conta com uma forte inserção na mídia, que não a incentiva, mas a divulga, garantindo a lembrança da marca no mercado consumidor.
Imaginem as possibilidades. No pacote mais simples, o habeas corpus preventivo precisaria ser adquirido à parte, o que no completo seria um benefício incluso. Na exclusiva versão Dantas, para banqueiros multimilionários, o adquirente ainda levaria uma súmula vinculante como brinde. E cada grupo que chegasse ao país, além de um guia, ainda teria a assistência 24 horas de um advogado criminalista.
Para os curiosos, como alternativa às turnês pelas favelas, haveria a visita de algumas horas a um presídio só para vivenciarem o destino dos menos favorecidos. E para os que preferem esportes radicais, a melhor opção seria ir a um estádio de futebol, com direito a briga de torcida organizada, podendo depredar banheiros e disparar tiros a esmo.
Além disso, o momento é favorável para esse processo. Até o uso de algemas foi relaxado, impedindo que os nossos futuros hóspedes sejam submetidos a esse tipo de constrangimento. Talvez o único problema que o turismo da impunidade venha a enfrentar seja o superfaturamento, mas como o cliente também vai dar calote, que se adapte o ditado. Ladrão que rouba ladrão ao menos vai aproveitar o feriadão.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

A balela do aquecimento global e os ecochatos


Ecochatice. É a moda agora ser ecochato. Mas, como prezo em meus escritos, não comecemos por criar uma nova palavra sem delimitarmos seu campo de abrangência de maneira adequada. Quando falo de ecochato não quero dizer precisamente um grupo de pessoas, mas qualquer discurso que venha de qualquer pessoa que, por uma falta latente de informação e bom senso, acaba por se adequar ao discurso difundido das mídias, que num uníssono retumbante terminam por fazer valer, à força, idéias tortas e torpes.
Ecochato é todo o discurso que desconsidera a realidade para considerar um ideal utópico que nunca esteve presente na Terra. Enfim, o discurso ecochato é aquele que ignora todo o processo de transformação, adaptação, renovação e regeneração natural do Cosmos. Assim esclarecido, vamos por partes. O primeiro grande problema é saber se o que fazemos, como atividade cultural - ou seja, praticamente tudo - afeta determinantemente o clima da Terra. Como mero analista de meias verdades que nos aparecem por tais ou quais meios só tenho uma coisa a fazer: colocar lado-a-lado os dois documentários que falam determinantemente sobre o tema.
De um lado temos o inconveniente "Uma verdade inconveniente", de Al Gore. Do outro temos "A farsa do aquecimento global", uma série de programas do Canal 4 inglês. Através desses dois documentários, os dois falsos e incompletos, como todo documentário de 2 horas produzido para afetar pessoas, podemos tirar uma linha comum, em que tanto em um quanto em outro os mesmos cientistas são usados para "fazer o ponto" para o lado que for. Assim, não devemos confiar em nenhum dos dois, mas os dois juntos podem nos dar pistas bem concretas sobre o problema do aquecimento global.
No documentário do Canal 4 temos um argumento forte que é apresentado como carro-chefe. Diz que o Sol é o causador mor das variações climáticas na Terra e suas maiores ou menores épocas de atividade estão correlacionadas com o aumento ou a diminuição da temperatura terrestre, e que o ser humano não tem quase nada a ver com isso. Agora temos que contrapor o documentário do Al Gore, que diz exatamente o contrário. Mas, se formos às fontes mesmas, podemos ver que todas as informações são inconclusivas.
Cito aqui uma declaração importante que pode ser vista nesse link: http://folk.uio.no/nathan/web/statement.html. "So therefore, and in spite of the fact that the solar cycle length seemed not to explain the most recent temperature increase after 1985, solar variations still do have direct effect on important climate parameters. How large this effect may be on the global temperature is currently being investigated, and is outside the scope of this comment. But there is no reason to neglect a contribution from man made greenhouse gases. The question is how much. Only increased understanding of the physical processes can give us the answer".
Pelo trecho acima podemos pensar que, assim como o Sol não é conclusivamente o único determinante da temperatura terrestre, ele tem uma boa dose de participação. E como bem colocado pela citação, não há razão para negligenciar a contribuição do efeito estufa produzido pelo homem, mas a questão que permanece em aberto é: quanto? Ou seja, enquanto os cientistas ainda procuram respostas para a pergunta, a ONU descaradamente diz que os estudos são conclusivos, o aquecimento global é produzido pelo homem e que devemos redefinir toda nossa produção e organização mundial em prol de reverter esses efeitos.
Agora o leitor atento poderá começar a pensar por si mesmo. Será que é válido redefinir todos os nossos meios de produção, todas as nossas organizações e nosso modo de vida por uma hipótese que está longe de ser demonstrada, e demonstrável? O que nos leva automaticamente a outra pergunta: será que sermos negligentes com uma hipótese pode ser classificado como descaso? Será que devemos pensar como se a hipótese estivesse determinantemente demonstrada?

Comprar ou não comprar, eis a questão


Ver e ouvir nosso querido presidente Lula convocar brasileiros às compras de Natal me faz refletir sobre duas questões. A primeira, puramente econômica. É consenso entre economistas que países desenvolvidos alcançaram seu atual estágio de riqueza às custas de muita poupança, que possibilitou um elevado nível de investimento em suas respectivas economias. Como o Brasil pretende se desenvolver sem poupar? Com a palavra nosso valoroso ministro Mantega.
Por outro lado, estamos em meio a uma das maiores crises econômicas da história moderna, com os sistemas econômicos e financeiros abalados globalmente. Um baixo nível de comércio tornaria a situação mais grave.
E na vertente ambiental? O que fazer? Também é consenso que nossos hábitos de consumo de matéria e de energia nos conduzirá em muito pouco tempo à ruína. A velocidade com a qual os quase sete bilhões de seres humanos consomem recursos minerais, recursos energéticos não renováveis e o capital natural é impossível de ser acompanhada por nosso planeta.
No caso dos recursos minerais e energéticos não renováveis, a conta é simples. É como um copo de água o qual já bebemos uma boa parte. Estamos alcançando a metade inferior. A água vai acabar, mais cedo ou mais tarde.
No caso dos recursos naturais, o problema é igualmente grave e urgente. A capacidade de carga do planeta, à montante, quando se trata da extração de recursos naturais, e à jusante, quando falamos dos sumidouros aquáticos, atmosféricos e do solo, não suporta nem o modo de vida e nem mesmo a quantidade de seres humanos presente em nosso mundo contemporâneo.
Então, o que fazer? Vamos às compras, lógico.
A mudança de que necessitamos, a grande transição para uma sociedade de sabedoria ambiental e de justiça social será árdua, diria talvez além de nossa compreensão, de nossa visão atual, viciada no culto à futilidade.
Parodiando Renato Russo, desde que nascemos fomos programados a sermos individualistas e a amar o bem conspícuo. Confundimos conforto, estado de bem estar, com a posse de bens que simbolizam poder e riqueza. O resultado é o hiper consumo do capital natural, material e energético a uma velocidade sem precedentes.
Aparentemente o preço deste modus operandi está na nossa cara. "Katrinas", "Catarinas", inundações em Itajaí, Veneza coberta pela água, Bangladesh sendo apagada do mapa, fome, miséria, perda de colheitas etc.
Infelizmente agimos como viciados em drogas: não conseguimos e não podemos parar. A economia pede mais compras, mais empregos, mais energia, mais ferro, mais cobre, mais..., muito mais capacidade da natureza em suportar os resíduos deste "super uso".
No fim, os economistas acreditam piamente que a tecnologia resolverá tudo. Encontrará magicamente a solução das duas crises: a econômica e a ambiental. Vamos conferir.
Enquanto isso, façamos o que o presidente "sabiamente" pediu: vamos às compras!

A verdadeira essência de um guarda-chuva


Os dias de chuva, que estão se tornando mais comuns que calça jeans, trazem ao nosso convívio um interessante, e óbvio, objeto: O guarda-chuva.

Particularmente, não gosto e não uso guarda-chuva (não acredito em sua funcionalidade), mas algumas peculiaridades do objeto e seus usuários me intrigam.

Os guarda-chuvas estão cada vez mais sofisticados. Podem ser xadrez, de marca, em forma de bichos, com rendas, automáticos, grandes, pequenos, com pára-raios, ar condicionado, vidro elétrico e direção hidráulica.

Mas a evolução não permitiu que os guarda-chuvas se livrassem das numerosas e perigosas pontas. De fato, mesmo não sendo engenheiro ou designer, consigo compreender que não haveria como abrir uma bola de tecido presa em um mastro se não houvesse aquelas divisões, que permitem que o guarda-chuva se dobre. Então, as pontas são males necessários.

Sendo assim, o porte de guarda-chuva deveria ser equiparado ao porte de armas ou, pelo menos, deveria ser exigido prévio exame psicotécnico aos seus usuários. Afinal, as pessoas andam, passeiam e até correm com seus guarda-chuvas pelas ruas cheias, sem a capacidade de calcular o aumento (na maioria dos casos) do raio ao carregar o objeto aberto.
Continuam passando entre espaços pequenos, esbarrando e submetendo os demais a uma literal "pontada" na cabeça ou nos olhos. Nem debaixo das marquises, abrigo que deveria ser constitucionalmente reconhecido como de uso exclusivo dos "desguarda-chuvados" em dia de chuva, é dada uma trégua.

Outra coisa: Ainda vai ser descoberto que os profissionais meteorológicos fazem bico de vendedores ambulantes em dias de chuva. De outra forma, de onde surgiria tanta oferta de guarda-chuvas, de todos os tipos e tamanhos, exatamente nos dias em que chove? Basta cair uma única gota que, olhando para o lado, se compra por R$ 10 o que há de mais moderno na indústria "guarda-chuvística".

E o pessoal compra mesmo! Isto porque guarda-chuva é um dos objetos preferidos dos duendes. No primeiro dia de sol após o temporal, eles levam o guarda-chuva embora, para nunca mais ser visto. É melhor acreditar nisso do que na existência de um imenso depósito clandestino, onde estão todos os guarda-chuvas, canetas bic e isqueiros roubados.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Obama is ON


O voto jovem foi, sem dúvidas, o ponto decisivo para a vitória de Barack Obama à presidência dos Estados Unidos da América. E o que o fez chegar até eles? A internet, com toda certeza. Obama quer mudança, os jovens querem mudança, são liberais como Obama. Essa aproximação entre ambos foi facilitada pelos avanços tecnológicos.

Normalmente, os jovens se identificam com os Democratas, mas essa campanha ficou para a história. Modelo para outros políticos, a campanha de Obama é estudada e futuramente, será aplicada em demais países. O que Mac Cain não soube utilizar, Barack Obama colocou sua experiência no trabalho comunitário, aliado à internet, e conquistou o voto da juventude americana.

Ganhou só por isso? Não, mas os resultados dessa atitude foi significativa. Os jovens são os que mais acessam a internet nos Estados Unidos. Receber as propostas de um candidato pelo celular não é comum. Essa interatividade entre candidato e eleitor foi fundamental para a vitória do 44º presidente dos E.U.A.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Milagres do Photoshop

O que seria da Publicidade sem as facetas do Photoshop?
Assista o vídeo.
http://www.youtube.com/watch?v=JCpcy8j0hbo

O valor da marca

Clique no link à baixo e conheça O VALOR DA MARCA

http://www.portaldomarketing.com.br/artigos/valordamarca.htm

Jornalismo Live Streaming


Os avanços tecnológicos têm facilitado significamente a publicação de materiais jornalísticos. O Jornalismo Live Streaming é um exemplo disso. Qualquer pessoa, a qualquer momento, tem a capacidade de receber ou emitir informações através de aparelhos eletrônicos como celulares, micro computadores super evoluídos, Iphones, MP3, entre outros.

Com essa facilidade, a linguagem jornalística também muda. A humanidade se tornou mais rápida, e assim, as mensgens devem ser mais resumidas e informativas. Particularmente, essa "modernidade" facilita e ao mesmo tempo prejudica a comunicação. Facilita por que está mais acessível e da ào receptor o poder de criticá-las. Esses produtos chegam rapidamente à população, que é irformada sobre o fato acontecido quase que em tempo real.

Nessa corrida pela notícia, os veículos de comunicação praticamente entram em guerra. Sai na frente quem da a notícia primeiro. Quem tem exclusividade. Com isso, muitos meios se tornam menos acessados, porque outros têm o poder de emitir as notícias mais rapidamente. A Televisão é um exemplo claro disso. Deixou de ser o veículo principal de informação, está perdendo o seu lugar para a internet, que tem a capacidade de transmitir o mesmo conteúdo, mas com um diferencial, a Interação.

Essa interação, por sua vez, faz com que "profissionais", que na realidade não são exatamente especializados em Comunicação Social, fabriquem mensagens sem qualidade ou sem relevância social. Entra ai, o lado ruim dessa interatividade. Qualquer um pode bancar o "jornalista". Criar uma linguagem específica para determinado público. Uma linguagem que muitas vezes, desvaloriza ou simplesmente subverte o sentido do Jornalismo.

O Live Streaming veio para mudar o Jornalismo. Já está mudando e vai transforma-lo ainda mais. Nós, jornalistas, temos o dever de acompanhar essa evolução mas preservar os princípios da Comunicação. A sociedade também está mudando, a Comunicação está evoluindo! Ambos andam juntos.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Blog é ou não é Jornalismo?



O avanço tecnológico tem facilitado muito a vida das pessoas. Nos dias atuais, ficou fácil fazer "jornalismo", pois as inovações tecnológicas estão mais acessíveis e disponíveis à muitas pessoas. Qualquer internauta, por exemplo, pode bancar o "jornalista", elaborando textos, manipulando imagens e postando-as na internet. E qualquer internauta também pode ter acesso à esse material alheio.

Os blogs se tornaram uma das maneiras mais eficazes para divulgar todo esse material. E com tantas "matérias jornalísticas" na internet, feita por profissionais e não-profissionais, fica a dúvida. Blog é Jornalismo? Sim, desde que o material publicado seja de interesse público ou contenha informação de qualidade, respeitando o espaço e a privacidade das pessoas.

E para elaborar um material de qualidade, não precisa ser necessariamente, um profissional de comunicação, mas que no mínimo, este tenha consciência do papel de um comunicador perante a sociedade e sua influência no comportamento destes grupos. E, principalmente, que os interesses comerciais não sejam maiores que a preservação pelos direitos do cidadão.




sexta-feira, 4 de julho de 2008

Galera do Unis agita gravações do Altas Horas, na Rede Globo


Por Fábio Souza


No dia 16 de junho, os estudantes de Jornalismo e Publicidade e Propaganda do Centro Universitário do Sul de Minas - Unis/MG marcaram presença nos estúdios da Rede Globo, em São Paulo, para assistir a gravação do programa Altas Horas. O programa foi exibido no dia 17 de junho.

Os universitários participaram do programa com perguntas direcionadas à atriz e cantora Marjorie Estiano e ao diretor de teatro Gerald Thomas. As bandas Tihuana, Casuarina e Banda Eu agitaram as gravações.


O apresentador Serginho Groisman elogiou a turma do Unis como a mais animada durante a gravação, o que rendeu um convite, feito pela produtora Cida Peres, para a gravação de aniversário do Altas Horas, no final do ano. Minas Gerais deve ser escolhido para a comemoração, devido a animada participação dos mineiros no Altas Horas.

A próxima parada da turma do Unis será nas gravações do Programa do Jô, na segunda semana do mês de agosto. Aguardem...

Fotos: Fábio Souza e Sarah Marinho

Os jornalistas e publicitários chegando no estúdio

A turma com o "Seu Madruga", figurinha carimbada do programa.
Meu protesto contra os vizinhos de condomínio.

Tropa de Elite, por Tihuana


Banda Eu (Rock Anos 80).

Entrevista com Marjorie Estiano.


Estúdio Hiperlotaaaaado.

Estacionamento da Rede Globo/São Paulo.
Fotodocumentarismo feito em Lavras


As imagens fazem parte de um mini-documentário, realizado pela Equipe de Produção do 3º período do curso de Jornalismo do Unis/MG. O trabalho foi enviado para a Fecomércio do Rio de Janeiro, em outubro de 2007. No mini-documentário, divulgamos as ações da Empresa R2 Turismo, na cidade de Lavras/MG. As gravações foram feitas no Lavras Folia 2007, evento que a empresa contribui na organização, trazendo turistas de várias regiões do Brasil e países vizinhos.

Fotos: Fábio Souza



Igreja Matriz de Santana
Vista parcial do centro de Lavras. Ao fundo a Serra da Bocaina
Praça Dr. Augusto Silva, Centro.
Vista da Rua Francisco Salles
Vista do centro de Lavras

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Os 13 mandamentos do jornalista


Quando você, querido (futuro) colega de profissão, se sentir estressado na redação, se sentir pressionado a entregar o texto, a editar o VT, a publicar a matéria, e achar que esta vida é coisa dos infernos, saiba que tem o dedo de Deus em tudo isso…

Conta a lenda que, quando Deus liberou para os homens o conhecimento sobre como ser jornalista , determinou que aquele “saber” iria ficar restrito a um grupo muito pequeno e selecionado. Mas, neste pequeno grupo, onde todos se achavam “semi-deuses”, já havia aquele que iria trair as determinações divinas. Então aconteceu o pior !!!!

Deus, muito bravo com a traição, resolveu fazer valer alguns mandamentos:


  • 1º Não terás vida pessoal, familiar ou sentimental.

  • 2º Não verás teu filho crescer.

  • 3º Não terás feriado, fins de semana ou qualquer outro tipo de folga.

  • 4º Terá gastrite, se tiver sorte. Se for como os demais, terá úlcera.

  • 5º A pressa será teu único amigo e as suas refeições principais serão os lanches, as pizzas e o China in Box.

  • 6º Teus cabelos ficarão brancos antes do tempo, isso se te sobrarem cabelos.

  • 7º Tua sanidade mental será posta em cheque antes que completes 5 anos de trabalho.

  • 8º Dormir será considerado período de folga, logo, não dormirás.

  • 9º Trabalho será teu assunto preferido, talvez o único.

  • 10º A máquina de café será a tua melhor colega de trabalho, porém, a cafeína não te fará mais efeito.

  • 11º Terás sonhos, com clientes, e não raro, resolveras problemas de trabalho neste período de sono.

  • 12º Exibirás olheiras como troféus de guerra.
  • 13º E, o pior… Inexplicavelmente gostará de tudo isso!…
    Como dizia a moça do PEGN, “Pense nisso!”.


www.orkut.com

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Nuvens de Algodão


Por Fábio Souza

Chega um momento na vida em que as verdades do mundo, por mais cruéis que sejam, nos tornam adultos. E as mesmas, nos apresentam uma versão desfigurada em relação ao que imaginávamos, quando inocentes e meras crianças. Era impossível imaginar que as criancinhas eram jogadas pela janela, sentir o gosto da guerra, entender que as lágrimas não vinham somente para expressar sono e fome e que, a própria fome vai além do que pensávamos.

Os desenhos animados foram substituídos pelos noticiários sensacionalistas e sangrentos, que trazem á tona, o mundo que nos fora escondido. O lobo de Hans Christian Anderson agora está nas ruas, na nossa casa, agindo debaixo de nossos próprios olhos. A lendária Chapeuzinho Vermelho sai dos livros e assume o papel de nossas crianças, vítimas da violência infantil. A imagem real, que faz jus á nova era é toda a insatisfação do bicho homem de Drummond, nos tornando passíveis à irracionalidade, à mediocridade humana.

Agora somos adultos, temos um futuro para planejar. Somos responsáveis ou devemos ser. Temos funções, um emprego, talvez uma família para zelar. Votamos, nos preocupamos e os problemas começam a procriar-se. As contas do mês estão chegando, algumas se juntarão com as do mês passado, mas não se preocupe, para isso criaram o SPC (Serviço de Proteção ao Crédito). Amigos, a diversão acabou!

Ser adulto, profissão nostálgica! Acordar de manhã e trabalhar o dia todo para pagar os impostos abusivos. Ser expectador da violência urbana, participar dela, ou bancar o presidiário atrás das grades da nossa casa, enquanto as ruas são tomadas pelos vândalos “cidadãos”. Profissão ingrata. Chamam isso de “crescer e ter responsabilidades”, mas a isso dou o nome de propaganda enganosa, me esconderam as verdades, não assinei contrato algum e quero os meus direitos de volta.

Direitos! Você tem dinheiro? Então você não tem direitos, apenas deveres. Dever de ficar calado perante as injustiças contra os pobres, dever de concordar com a política corrupta que domina o seu país, dever de ser vítima, de ser explorado, por que a voz dos pobres nesta dura realidade, é nada mais nada menos que silenciosa. E dever o supermercado, a padaria, a farmácia, por que vives com um salário mínimo, pois o máximo é ilusão.

Mas felizmente temos outras opções. Se for pobre, tente mudar o mundo, meu caro. Tente sobreviver na terra dos gigantes e leões. Confesso que essa é a maneira mais difícil e árdua. Se conseguir, me avise. Se for rico, fique longe da ganância, não seja fútil nem auto-suficiente, seja solidário e humilde, mas antes, tente encontrar essas qualidades no mundo tão individualista que vives. Se nenhuma dessas opções te serve, meu amigo, assalte um banco, compre um foguete e fuja pra lua.

Ser adulto, como é difícil ser adulto. Ser humano, mais ainda! Nos culpam por tudo, do aquecimento global ao comunismo na China, e eu que há pouco tempo só via chineses nas Aventuras de Jackie Chan. Como dizia Chaplin, o melhor é retrogradar. Morrer primeiro, nos livrar logo disso. Trabalhar 40 anos, ficar jovem e aproveitar a aposentadoria. Virar criança, não ter responsabilidades, se tornar um bebezinho de colo, voltar ao útero, passar os últimos noves meses flutuando e terminar tudo com um ótimo orgasmo. Não seria perfeito?!

Não vejo evolução em nascer e me tornar adulto, ou se existe, não concordo! Não vejo vantagens em descobrir que o mundo que conhecíamos era fictício, imaginário, e que agora nos é entregue para ser mudado. Ser criança talvez seja a melhor profissão, acreditar que tudo é azul, esperar o verão, aquela manhã de domingo, um belo riacho de águas cristalinas, céu azul e as nuvens! Ah, as nuvens, elas ainda são de algodão.